SONETO DO DESMANTELO AZUL
Carlos Penna Filho
Então, pintei de azul os
meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus
gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,
Para extinguir em
nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós
derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.
E
afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso
espaço
pudesse haver de azul também cansaço.
E perdidos de azul nos
contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul.
Azul.
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário