sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mar do amor



Negra Luz

A lâmina mais dura contorce
Diante das tuas ondas ocultas
A rocha, ora rochedo, por insistência pura
Invade os muros: liberta
O limite o ar: a janela
Não satisfeito, submerge
As civilizações anoitecem
Achavam-se cais
Eram atóis
Farol no oceano
Ilhas...
Arquipélagos humanos
Os teus sais: invasão, devassa
Pretensa a inteligência atua
Reforça quebra mares
Que diante dele flutuam
Nada foge da tua mão
Seixos em qualquer direção
Memórias de um mundo transformado
Pela onda profunda do sagrado mar do amor.


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