Uma riqueza eu guardava
Passei agora a distribuir
Sou artista das palavras
Que foram depositadas em mim
Creditadas desde o ventre
Por aquela que ao mundo me fez vir
Hieróglifos de amor
Compreendidos pelo sentir
De moeda em moeda
Que da conta me perdi
Sou um banco de palavras
De tão rica que me senti
A riqueza acumulada
Eu passei a dividir
Pois desta vida nada se leva
Vale aquilo que vivi
Quando no papel assento um poema
Sinto: com o Mundo reparti
A fortuna que de graça
De tantos outros recebi
E, se pensas, só foi da família
Que riquezas recebi...
Acharás na Antiga História
Traços do saldo creditado em mim
Sendo assim passa a ser tua
Minhas posses repasso a ti.
Pelos poemas, deposito versos
Transferências para banco que habita em ti.
Negra Luz
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