Estavam empoeirados.
Décadas de armários,
Sob cortinas,
Suportados por livros.
Num sopro induzido,
A poeira subiu!
Uma por uma, as notas foram ouvidas.
O Tempo voltou.
A matrix, escrita outrora,
Era ouvida no agora:
Violões adolescentes
Exalavam o desejo de vida.
Indignações depressivas,
Crença no “Amanhecer”.
Haveria um “Equilíbrio Distante”?
“O bêbado e o equilibrista” passaram por lá
E, ainda hoje, bambeiam!
Talvez, o desalinho seja até mais forte.
Há infinita razão.
Um vento à revelia do sopro!
As cordas, agora mais limpas,
Ecoam o mofo sobre aquelas notas...
“Vamos fazer um filme”?
Dúvida passiva.
A vida já é samba tocado em cada esquina
Com ou sem máscaras.
“Como será o amanhã?”
Quem vai responder?
Esteja lá!
Haverá mais pó nas entranhas do violão:
Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si grisalhas:
Desejo.
Quando o ar em movimento passar,
E o sopro de vida espargir,
Que a partitura ouvida seja:
“A Paz” reinando no meu coração,
E no seu,
E no nosso!
E no Mundo!
(Negra Luz)
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