Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância!...
O juiz de minha
infância
era um sujeito
moralista e autoritário,
amortalhado detrás de
uma toga preta,
e que gostava de dar
pito nos outros...
Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância!...
O juiz de minha
infância
era um homem por demais
sério,
de cara carrancuda,
empunhando,
firme, o martelo do
tribunal...
Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância!...
O juiz de minha
infância
era um homem esguio e
alto,
portando chapéu de
massa
e rodeado de livros
carcomidos de traça...
Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância!...
O juiz de minha infância
era como que um
super-homem
ou um semi-deus, postado
no pedestal de sua
excelência...
Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância!...
Dizem que alguns juízes
pensam que são Deus;
outros, têm certeza
que são o próprio...
Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância...
Salvador, 13 de junho de 2009.
MARIVALDO PEREIRA DA SILVA
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