Rodolfo Pamplona Filho
Será que a nossa poesia algum dia cessará?
Será que o amor mais puro já vivido terminará?
Arrepio-me só de cogitar
a possibilidade disso se realizar...
Incertezas quanto ao futuro
Insegurança com o presente
Tristeza ao lembrar o passado
e quanto tempo perdemos
em caminhos que insistiam
em não se cruzar...
Meu maior medo não é
deixar de te amar,
pois isso jamais ocorrerá...
Minha ansiedade é perder
o desejo, o amasso,
o frio na barriga
pelo contato de um abraço...
Temo...
Tremo...
Choro...
Morro...
Mas sigo na esperança
de que o que é eterno
nunca se apaga...
San Francisco, 28 de setembro de 2010.
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