No Brasil, o Direito das Famílias floresce,
em trilhas que o tempo reconhece:
do casamento tradicional ao diverso,
do velho desquite à busca do universo.
De fato, muitos temas são abordados
em um painel multifacetado,
que permite uma visão global da história
em que a luta é sempre emancipatória
No divórcio, uma porta se abriu
e a liberdade afetiva ressurgiu.
No movimento feminista, a dignidade se conquista,
para que a igualdade de gênero realmente exista.
Crianças e idosos, proteção merecida
em uma vida resguardada e querida.
Na homoafetividade, o amor é o leme
e o Direito é a justiça que se preme.
Poliamor, um novo olhar se lança,
pois, na diversidade, o amor se alcança.
Preconceito combatido, barreira a transpor,
na busca por um mundo mais acolhedor.
Nas tramas da vida, um enredo se tece,
união estável, laços que o coração aquece.
Paternidade socioafetiva, amor que transcende,
em empatia, a verdade se estende.
Alienação parental, sombra a repelir,
Violência doméstica, um mal a impedir
Abusos sexuais, traumas terríveis
Assédios morais, feridas sensíveis
Adoção, gesto de amor sem fronteiras,
Laços do coração que quebram barreiras.
Família monoparental, força que ergue,
Amor incondicional daquele que segue.
Direitos do ou da amante, voz que clama,
na sociedade, por uma nova chama.
Guarda de filho, decisão a ponderar,
o bem-estar da criança é o interesse a guiar.
Filiação, vínculo que o tempo desvela,
Laços que o destino eternamente sela.
Parentesco, fio invisível que nos une,
Alimentos, sustento que a vida resume.
Tutela e curatela, cuidado e proteção,
Na tomada de decisão, apoio e direção.
No palco das Famílias, o afeto é o pano de fundo,
E a assistência é a guardiã desse laço profundo.
Em um mundo onde o amor deve ser a lei suprema,
em que a liberdade sexual é uma premissa extrema,
também o direito ao planejamento familiar é uma meta
realizada
e a identidade de gênero é valorizada e celebrada.
Pessoas com deficiência, membros de valor inestimável,
ensinam lições de coragem, tornando o mundo mais amável.
Nas trilhas da vida, famílias migrantes seguem caminhando,
cruzando fronteiras, com culturas se entrelaçando…
No legado digital, uma herança se perpetua,
com memórias virtuais, onde a história flutua.
E, no arremate, até o respeito à última vontade
é prova inequívoca da convivência com alteridade.
Esse é o grande desafio, nesse poema de inclusão,
no respeito a todos e todas, sem qualquer discriminação…
porque, no mosaico da humanidade, cada peça é vital,
pois só na diversidade encontramos a verdadeira felicidade,
afinal.
Salvador, 26 de abril de 2024.