sexta-feira, 7 de junho de 2024

Pétalas secas

 

 





Negra Luz




Na última prateleira,


Morada da porta dos esquecimentos.

Alí!

Um livro que me alimentou de romance.

Dentro dele...

Lembranças de uma primavera de amor.

Vencida a beleza pelo tempo,

Aderidas ao meu preferido volume, então pretérito,

Elas jaziam.

Outros que ali passassem  ignorariam o valor.

À mim não era dado esse malefício.

Aquelas pétalas desidratadas de um ramalhete ardente de rosas cor amarelo-sol

Eram, sim, um novo regalo.

Um “recuerdo ” de mim,

Guardado na estante oculta.

Viajante no espaço da minha memória.

Lembrança de verdades vividas por meu coração.

Atiçando o desejo de marcar novos livros.

Ilustra-los com estórias paralelas ao que li.

Ré memórias da essência da minha emoção,

Que julguei nem ser minha

E estava ocultada dentro de mim.



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