segunda-feira, 17 de junho de 2024

Perdi a calcinha





Negra Luz



Desesperada estava a procurar a calcinha

Prova irrefutável do que queria ocultar

Orvalhada e com lascivo odor da minha alma

Diria por mim em metáforas aquilo que ele viera me questionar.


Olhei para o teto…

Nada alí!

Em algum momento lembrei:

Ao longe, sem rumo, lancei!


Estiquei a colcha amassada

 E nela nada não há rastro da danada

Restava a gaveta vizinha…

Estaria lá, embolada, entre papéis e versos de amor?


Nenhuma pista me levava

Uma dúvida se aguçara....

Uma calcinha usei?

No meio daquele furor?


E nesse momento tremi,

Quando nos olhos dele

"Meninos eu vi!'

A renda que esqueci


Ao não ter por onde sair

Não mais adiei,

Gritei! Rospondi:

Quero mais!



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