Negra Luz
Desesperada estava a procurar a calcinha
Prova irrefutável do que queria ocultar
Orvalhada e com lascivo odor da minha alma
Diria por mim em metáforas aquilo que ele viera me questionar.
Olhei para o teto…
Nada alí!
Em algum momento lembrei:
Ao longe, sem rumo, lancei!
Estiquei a colcha amassada
E nela nada não há rastro da danada
Restava a gaveta vizinha…
Estaria lá, embolada, entre papéis e versos de amor?
Nenhuma pista me levava
Uma dúvida se aguçara....
Uma calcinha usei?
No meio daquele furor?
E nesse momento tremi,
Quando nos olhos dele
"Meninos eu vi!'
A renda que esqueci
Ao não ter por onde sair
Não mais adiei,
Gritei! Rospondi:
Quero mais!
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