Platon Neto
O futuro do trabalho
Não se pode prever
Palpite certo ou falho
Só saberá quem viver
Robôs fabricando gente?
Gente servindo robô?
“Prazer”, sou seu novo gerente
Me chamo computador
O labor é intermitente
Nesse tempo de mutação
Salário: um palito de dente
O suor não paga meu pão
A vida na palma da mão
Nela som, paixão e dor
Na tela a face do irmão
Obra do Steve, o sonhador
A ciência que traz alegria
Tira emprego do trabalhador
Como equilibrar sem histeria
Esse cenário transformador?
O robô nano faz cirurgia
O feto na impressão 3D
O vento gera energia
Tudo é game pra geração Z
Do outro lado a vida bandida
De quem não tem o que comer
No carro não há motorista
No banco ninguém que se vê
E a máquina já faz arma e casa
Tudo de modo avassalador
E o ser humano jogado à traça
Mas não se pode fabricar o amor
Ribeirão Preto, agosto de 2018
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