Over
Rodolfo Pamplona Filho
Sou dramático
como uma opera italiana,
uma peça de Shakespeare
ou um filme de Almodovar.
Sou fatalista
como uma profecia apocalíptica,
um apóstolo comunista
ou uma propaganda política.
Sou exagerado
como Cazuza jogado ao seu pé,
completamente derramado,
para beijá-lo com fé...
Sou extremo
como quem vive ou morre por alguém,
como quem leva tudo na ponta da faca
ou se atira aos leões na praça.
Sou over...
overpower...
overdose...
overman....
Over...
Dionísio!Dionísio!
ResponderExcluir"Ai de quem não rasga o coração/Este não vai ter perdão" (Vinícius de Morais)
Como Nietzsche fez bem à nossa visão de vida, não?
ResponderExcluirBeijos dionisíacos,
RPF
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJá estou me perguntando se poderei encontrar uma ilustração dramatica e ao mesmo tempo ilária para este poema....rs..Sempre que o leio só me vem no pensamento a cena de uma criança no supermecado fazendo escandalosas exigências...algo bem tipico daquelas propagandas de doces com uma criança enlouquecida envergonhando a mãe...e nos fazendo rir muito!BJUS pessoa ilária, digo apenas "ilária", pois se és tb dramático ai eu já não sei ...O poema é autobiográfico?rs :D
ResponderExcluirPoxa, aguardarei ansiosamente estas imagens para o blog...
ResponderExcluirBeijocas saudosas,
RPF
Do fundo do coração de uma pessoa que até hoje ainda não conseguiu se definir, nem mesmo no perfil do orkut...rsrsrsr: Amo estes seus poemas que retratam a complexidade das emoções, na medida em que, todos nós, de uma maneira ou de outra, já se sentiu over...Somos melodramáticos, creio que não, para falar a verdade, ser over, nada mais é do que ser e viver de uma forma demasiadamente humana e verdadeiramente intensa...
ResponderExcluirAmada Leila
ResponderExcluirÉ a mais pura verdade...
Ser over é ser, em essência, humano, demasiadamente humano...
Beijocas,
RPF