sexta-feira, 9 de março de 2012

Sophia de bello Breyner Andersen

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

(Sophia de bello Breyner Andersen)

http://www.astormentas.com/andresen.htm

4 comentários:

  1. Poeta,
    A minha afinidade poética, com seu blog, me impressiona. Quanta coisa publicada aqui me comove!
    Esse poema, por exemplo, me toca muito porque o associo a um homem especial para mim, cujo caráter(raríssimo) eu vi retratado pela poetisa portuguesa. Dedico, com todo amor, o poema a ele, sempre que o releio, e foi uma surpresa feliz encontra-lo publicado aqui.
    Beijos,
    Beatriz.

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  2. Prezada Beatriz

    Fico muito feliz pela coincidência!
    Este homem deve ser muito especial mesmo para merecer esta associação com um poema tão forte!
    Beijos,

    RPF

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    1. Poeta,
      Ele é o amor da minha vida...
      Beijos,
      Betariz.

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  3. Ele é o amor da minha vida...
    Beijos,
    Beatriz

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