quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ao Admirado

O feixe de luz que escapa da janela
insiste em revelar partes do corpo dela,
que a vergonha da noite teme mostrar.

O que era moreno então vira dourado...
O desejo, antes seco, fica molhado...
E até as paredes gélidas parecem queimar.

É a mulher enlaçada em lençóis perfumados
São as sinuosas formas de um corpo excitado,
na esperança que o macho chegue...
penetre...sem perguntas...sem pensar...

Com a mão, com a boca, com a língua...
Impaciente, aos soluços, com força...
Apertando a cintura da moça,
até um susurro agudo ecoar...

Então o desconhecido dos livros some,
a porta se fecha, o sol dá sinal...
e a moça não sabe se dor ou se festa,
se sonho ou real...


Andressa Raphaella

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