sábado, 9 de junho de 2012

REALIDADE FEROZ


http://youtu.be/h13J2ODD-MA

REALIDADE FEROZ
Seria imperdoável não virar a página,
não tirar as pedras do caminho,
não abrir as portas
para ver o sol...
Ela não estará mais
quando eu souber a verdade
não toda... a minha!
Agora eu vejo o sol,
com medo, mas eu vejo!
...Eu vejo ainda borrado,
manchado... o tempo.
Pessoas passam
e eu me assusto
com a voracidade das bocas,
das mãos e mentes,
mas eu vejo,
ainda borrado e feio,
manchado...
eu me assusto
com a ferocidade de gente.
E eu acho
que na realidade
o cego não sou eu!
Então
construção de uma música
após o dark silencioso da solidão...

Malu Calado

sexta-feira, 8 de junho de 2012

10 coisas para NÃO fazer em Nova York - segundo o Concierge.com




10 coisas para NÃO fazer em Nova York - segundo o Concierge.com

10 coisas para NÃO fazer em Nova York, segundo o Concierge.com:

1. Comer no Tavern on the Green, no meio do Central Park, sem vista nenhuma (prefira torrar sua grana no River Café, no Brooklyn)

2. Pegar um velotáxi, o riquixá de branco (em vez disso, vá de metrô, é muito mais nova-iorquino) Concordo plenamente!!

3. Comer hot-dog de carrinho (guarde seu paladar para um cachorro-quente de delicatessen, como o da Katz’s) Não comi na rua! Achei tudo com cara de meio sujo. Depois que vi um cara colocando a mão sobre um pãozinho, como se estivesse amassando, desisti!

4. Subir no Empire State; a vista é linda, mas quando chegar lá em cima você já vai ter passado por tantas filas que não vai estar no clima (em vez disso, vá tomar um drink no Rainbow Room ou, se não quiser beber, suba alguns andares até o Top of the Rock) - Eu nao conheci o Top of the Rock - não deu tempo - porém aconselho a ir sim no Empire State, obviamente ha filas, mas onde não tem filas, ainda mais em New York?

5. Comer uma cupcake na Magnolia da Bleecker Street, que ficou insuportavelmente cheia depois de “Sex and the City” (ande mais um pouquinho e experimente o cannoli da Rocco’s Pastry Shop, na mesma rua)

6. Andar de charrete ao pôr-do-sol no Central Park (é mais gostoso acordar cedo e atravessar o Central Park de manhã antes de todos chegarem)

7. Comer num restaurante em Times Square; são todos insossos (caminhe até a Nona Avenida, em Hell’s Kitchen; na rua 49 e na Nona há restaurantes bons, autênticos e em conta)

8. Assistir a um número de comédia stand-up no Times Square Comedy Show (se você gosta de stand-up, vá direto ao Upright Citizens Brigade, em Chelsea)

9. Fazer compras na Macy’s; a Herald Square é um circo! (dirija-se à Lord & Taylor, na 5a. Avenida com rua 38) - olha, fui lá e não me arrependo. Talvez não seja a melhor loja de departamentos de New York, mas é boa.

10. Não faça sua noitada no Meatpacking District; vá de dia, pelas lojas (à noite saia no Lower East Side, que está bombando)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Meu menino, meu viver!

Meu menino, meu viver!
Beatriz A.M
Meu menino, meu viver,
e não é que a razão mora com você?
É que a gente se acostuma à vida padrão
e esquece que não existe lei para o coração.
Tomara mesmo que a gente nunca brigue,
que a gente sempre se entenda, perdoe, avalize,
porque seu amor me inaugurou nova era:
me faz ser mais fina, elegante e sincera...
Mas se houver uma briga, aqui ou ali,
que a gente nunca pense em desistir,
porque não se pode abdicar sem razão
do que expande a alma, o corpo e a emoção.
Quero a gente junto a cada manhã,
se dando coragem, poesia e elã.
Que o nosso "para sempre" seja o que sempre principia
e o nosso eterno, a eternidade e um dia.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Soneto de Infidelidade

Soneto de Infidelidade
(Releitura do Soneto de Fidelidade-
Vinicius de Moraes)

Roseane Freitas

De tudo ao meu amor serei relapso.
Desta vez com tal desprezo e sempre e muito.
Que mesmo em face do maior desencanto,
Ele se desencante mais do meu destrato.

Quero revê-lo em cada triste momento.
E em louvor a seu pesar hei de espalhar meu canto,
E rir meu riso e não mais derramar meu pranto.
À sua dor ou seu descontentamento.

E assim quando vier a mim
Quem sabe a morte, único escape de quem sofre,
Quem sabe a desilusão, fim de quem ama.

Eu possa dizer do infeliz (que tive),
Que sejas triste, posto que me traíste.
E que essa dor te dilacere enquanto dure.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Pra você (de Danilo Gaspar para Gabriela Curi)

Pra você (Danilo Gaspar)

Te empresto meus olhos
para que assim possa ver
Te empresto meus ouvidos
para que possa assim escutar
Te empresto meu corpo
para que possa se aquecer
Te empresto minhas lagrimas
para que possa chorar

Te empresto meus sonhos
para que possa sonhar
Te empresto meu medo
para que possa parar
Te empresto meu otimismo
para que possa sonhar
Te empresto meu ceticismo
para que possa enfrentar

Te empresto meus dedos
para que possa apontar
Te empresto meu suor
para que possa labutar
Te empresto minha mente
para que possa viajar
Te empresto meu orgulho
para que possa se orgulhar

Te empresto meu carinho
para que possa acordar
Te empresto me sorriso
para que possa levantar
Te empresto minha Fe
para que possa caminhar
Te empresto minha seguranca
para que possa voltar

Te empresto tudo que posso
para que possa transformar
Te empresto tudo que tenho
para que possa se alegrar
Te empresto tudo que sou
sem nada em troca esperar
Só nao empresto o meu amor
porque esse eu escolhi te dar!


Vôo Brasília-Salvador, 16 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Adélia Prado

Adélia Prado


Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.  Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou

http://www.releituras.com/aprado_bio.asp

domingo, 3 de junho de 2012

Aprendendo a Andar de Bicicleta


Aprendendo a Andar de Bicicleta

Rodolfo Pamplona Filho

Eu quero estar do seu lado,
mesmo quando, para isso,
tenha de ficar escondido,
com você apenas ouvindo
a segurança de minha voz.

Eu sei que você tem medo,
mas isso é normal...
Eu quero que você seja
mais forte que o mal
e não o deixe tomar seu corpo...

Eu quero superar
o receio de cair e machucar
(e, nessa fase de concreto,
o chão é a coisa
mais dura do universo)

Eu quero, por um fio,
ver o seu sorriso,
ao constatar que conseguiu
vencer o desafio
que lhe dava, na barriga, frio...

Tudo isso só ocorre
uma única vez em cada viver,
em que o coração se inquieta,
enfrentando a missão de aprender
a finalmente andar de bicicleta...


Salvador, 25 de julho de 2011.