Família
Nossa família: as estações.
Nada sobra
do que julgam ser
as propriedades.
O corpo, a alma,
apenas usufruto.
Também os meus deveres.
Só o amor é nosso.
E o soluço.
Carlos Nejar
(1939, pai de Fabrício Carpinejar)
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
sábado, 27 de outubro de 2012
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Madrugada( e esse Amor).
Madrugada (e esse Amor).
Beatriz A.M.
Você cheira o meus cabelos e morde o meu ombro esquerdo, quando a gente faz amor.
Você puxa os meus cabelos, e une ansiosamente os fios no topo da cabeça, lá no alto, num penteado que me faz lembrar a coroa de uma santa moderna, quando a gente faz amor.
Quando a gente faz amor, você alterna a suavidade do encaixe perfeito com um desejo bruto que me joga de quatro, que me suspende as pernas, que me penetra sem pedir, que me arranha os seios, que me deixa roxa, que me faz tremer.
E tem os teus gemidos, que são como uma sinfonia e que carregam, até a garganta, um grito que explode agudo e lindo, um grito que me deixa boba, quando a gente faz amor..
E tem a tua fome dos meus seios, a minha sede do teu gosto, a tua barba no meu rosto, quando a gente faz amor.
E assim, noventa e três dias e sete encontros depois, sinto, nessa pele que é tão tua, um arrepio ao perceber que é esse amor que tem feito a gente, menino. É Esse amor que tem nos feito mais gente...
Salvador, 26 de outubro de 2011
Beatriz A.M.
Você cheira o meus cabelos e morde o meu ombro esquerdo, quando a gente faz amor.
Você puxa os meus cabelos, e une ansiosamente os fios no topo da cabeça, lá no alto, num penteado que me faz lembrar a coroa de uma santa moderna, quando a gente faz amor.
Quando a gente faz amor, você alterna a suavidade do encaixe perfeito com um desejo bruto que me joga de quatro, que me suspende as pernas, que me penetra sem pedir, que me arranha os seios, que me deixa roxa, que me faz tremer.
E tem os teus gemidos, que são como uma sinfonia e que carregam, até a garganta, um grito que explode agudo e lindo, um grito que me deixa boba, quando a gente faz amor..
E tem a tua fome dos meus seios, a minha sede do teu gosto, a tua barba no meu rosto, quando a gente faz amor.
E assim, noventa e três dias e sete encontros depois, sinto, nessa pele que é tão tua, um arrepio ao perceber que é esse amor que tem feito a gente, menino. É Esse amor que tem nos feito mais gente...
Salvador, 26 de outubro de 2011
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Soneto da Riqueza
Soneto da Riqueza
Rodolfo Pamplona Filho
É possivel empregar
a palavra riqueza
em dois sentidos sem par
e sem qualquer estranheza:
a primeira é a riqueza material,
concepção mundana e fria,
que é a do vil metal;
já a segunda poderia
ser a riqueza do sentimento,
que é, para o poeta, no momento,
encarnada no ser a se amar.
Trata-se de um jogo duplo bacana,
como diferentes formas na cama,
que o vocábulo pode encerrar...
a palavra riqueza
em dois sentidos sem par
e sem qualquer estranheza:
a primeira é a riqueza material,
concepção mundana e fria,
que é a do vil metal;
já a segunda poderia
ser a riqueza do sentimento,
que é, para o poeta, no momento,
encarnada no ser a se amar.
Trata-se de um jogo duplo bacana,
como diferentes formas na cama,
que o vocábulo pode encerrar...
Salvador, 27 de novembro de 2011.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
por que você faz poema?
por que você faz poema?
Herculano Netohttp://herculanoneto.blogspot.com/2010/02/por-que-voce-faz-poema.html
para dizer sem dizer
e irritar quem não me entende
(quem me detesta
mas esmiúça minha palavra)
para alentar meu público fiel
meu público efêmero
para exibir minha verve
em troca do elogio oco
do pouco-caso
para que os conhecidos
busquem meus enganos nas entrelinhas
e os desconhecidos espelho na minha farsa
para transformar minha frase em verso
meu verso em canção
cartão-postal
epígrafe
tatuagem
epitáfio
sacada genial
“para chatear os imbecis”
Herculano Netohttp://herculanoneto.blogspot.com/2010/02/por-que-voce-faz-poema.html
para dizer sem dizer
e irritar quem não me entende
(quem me detesta
mas esmiúça minha palavra)
para alentar meu público fiel
meu público efêmero
para exibir minha verve
em troca do elogio oco
do pouco-caso
para que os conhecidos
busquem meus enganos nas entrelinhas
e os desconhecidos espelho na minha farsa
para transformar minha frase em verso
meu verso em canção
cartão-postal
epígrafe
tatuagem
epitáfio
sacada genial
“para chatear os imbecis”
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Olhando os Campos da Espanha
Olhando
os Campos da Espanha
Rodolfo Pamplona Filho
Olhando os Campos da Espanha,
pensei em toda minha existência,
a caminho de Pamplona,
origem e destino fundidos,
sem saber o que o futuro reserva
para cada momento a viver,
cada desafio a enfrentar
e cada decisão a tomar...
Sentado horas no trem,
entretido com imagens na janela
e ouvindo meu amigo Daniel a cantar
no music player do celular,
satisfeito com o passado construído,
revi cada instante vivido,
cada batalha vencida
e cada resolução assumida...
Esperando o tempo passar,
vi-me menino carente e homem feito,
com desejos ainda a saciar
e a nutrir esperanças de voltar
a acreditar em algo a encantar
cada segundo que resta da lida,
cada tarefa a ser perseguida
e cada mudança nos rumos da vida...
Olhando os Campos da Espanha...
pensei em toda minha existência,
a caminho de Pamplona,
origem e destino fundidos,
sem saber o que o futuro reserva
para cada momento a viver,
cada desafio a enfrentar
e cada decisão a tomar...
Sentado horas no trem,
entretido com imagens na janela
e ouvindo meu amigo Daniel a cantar
no music player do celular,
satisfeito com o passado construído,
revi cada instante vivido,
cada batalha vencida
e cada resolução assumida...
Esperando o tempo passar,
vi-me menino carente e homem feito,
com desejos ainda a saciar
e a nutrir esperanças de voltar
a acreditar em algo a encantar
cada segundo que resta da lida,
cada tarefa a ser perseguida
e cada mudança nos rumos da vida...
Olhando os Campos da Espanha...
No trem de Madrid para Pamplona, 02
de outubro de 2012.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Pamplona em Pamplona
Pamplona em Pamplona
por Charles Silva Barbosa, em 02/10/2012
Se o ser Pamplona
está em terra Pamplona...
A simbiose na Espanha,
então, é perfeita...
A defesa da tesina é futuro prestes
a juntar-se ao passado em redoma...
Mais um sucesso em uma vida de lutas e conquistas a espreita...
"Strenght and honor"
por Charles Silva Barbosa, em 02/10/2012
Se o ser Pamplona
está em terra Pamplona...
A simbiose na Espanha,
então, é perfeita...
A defesa da tesina é futuro prestes
a juntar-se ao passado em redoma...
Mais um sucesso em uma vida de lutas e conquistas a espreita...
"Strenght and honor"
domingo, 21 de outubro de 2012
Soneto do Perdão
Soneto do Perdão
Rodolfo Pamplona Filho
Por vezes, vive-se um sentimento
em que se carrega um tormento
de não saber a canção
que toca o seu coração
É um alívio tirar um peso
enorme em cima dos ombros,
que o fazia se sentir preso
ou a viver em escombros.
Quando há real arrependimento,
o melhor medicamento
é uma gostosa sensação
de voltar a gostar do mundo,
nunca mais se vendo imundo
com o alívio do perdão.
em que se carrega um tormento
de não saber a canção
que toca o seu coração
É um alívio tirar um peso
enorme em cima dos ombros,
que o fazia se sentir preso
ou a viver em escombros.
Quando há real arrependimento,
o melhor medicamento
é uma gostosa sensação
de voltar a gostar do mundo,
nunca mais se vendo imundo
com o alívio do perdão.
Na Ponte Aérea Recife-Salvador, 26 de novembro de 2011.
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