Quisera pudesse o poeta fazer jorrar brilho
no poema. Lançar-lhe luzes e tintas de vários matizes.
Mas, a sua tímida rima limita-o ao esmerilho
das palavras. Já que é apenas das cores um aprendiz.
Pudera conseguisse passar para o papel
A chama vermelha da paixão. O branco esquálido
Das ilusões perdidas. Isto para ele é tudo Babel.
Qualquer cintilante e azul tentativa não terá sentido.
O grau de dificuldade que lhe acomete
Na vã tentativa de juntar arquitetura e engenharia,
O impossibilita de vivas cores trazer para a poesia.
O que lhe resta, na alvura do papel, é o combate
Doentio, para preencher o espaço branco
Com o negrume ou o cinza do lápis riscando.
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