sábado, 16 de julho de 2011

Poesia Multicromática!

Poesia Multicromática!

Quisera pudesse o poeta fazer jorrar brilho
no poema. Lançar-lhe luzes e tintas de vários matizes.
Mas, a sua tímida rima limita-o ao esmerilho
das palavras. Já que é apenas das cores um aprendiz.

Pudera conseguisse passar para o papel
A chama vermelha da paixão. O branco esquálido
Das ilusões perdidas. Isto para ele é tudo Babel.
Qualquer cintilante e azul tentativa não terá sentido.

O grau de dificuldade que lhe acomete
Na vã tentativa de juntar arquitetura e engenharia,
O impossibilita de vivas cores trazer para a poesia.

O que lhe resta, na alvura do papel, é o combate
Doentio, para preencher o espaço branco
Com o negrume ou o cinza do lápis riscando.

(Paulo Basílio – 21/03/2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário