quinta-feira, 14 de julho de 2011

A DOR DO POETA

A DOR DO POETA

A minha poesia está muito intimista.
Escrevo expondo meu ponto de vista.
Do cotidiano, o meu dia-a-dia, me inspira.
Talvez esta seja a minha lira.

Teoria literária, metalinguagem,
São coisas abstratas demais para mim.
A minha verbe, a minha viagem,
É poder narrar a vida em folhetim.

Do mundo concreto recolho fragmentos.
Só não quero, da alvorada, sofrimentos.
Tenho medo de que a qualquer momento,
Transmita não alegria, mas lamento.

Missão ingrata, às vezes, a do poeta:
Tentar mostrar aos outros o invisível,
Sem parecer louco, bobo ou pateta.
Transformar o comum em algo incrível.

(Paulo Basílio)

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