terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Carpe Diem

Carpe Diem

Clivia Filgueiras.


Sentada na janela eu gosto de esperar

Um mundo mais bonito alcançar

Ofereço meu corpo pra quem quiser comigo voar

E entre as nuvens começar a gritar:

Quero receber amor

E quero também amar!

Então alguém se aproximou  e no meu ouvido sussurrou:

- Seu interior é belo

- Mas por que choras?

E não obteve resposta.

Como um raio de luz na escuridão

Foi uma faca no meu coração

E agora só me resta morrer!

Morrer pelo que foi e pelo que será

Pelo que é belo e pelo que é feio...

De repente o céu se abre

Uma voz com um infinito som

Vem como música no meu ouvido e diz:

- A hora chegou... Vamos?!

E eu fui sabendo que era a morte quem me chamava.

Quando já estava morta queria voltar à vida

Retirar dela tudo de bom que tivesse para oferecer

Pois só ao morrer percebi que

Nasci

Cresci

E esqueci de viver.

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