Azrael
Tiros no átrio escolar,
Sangue em lugar de divã.
Mata quem quer se imolar,
Canta-se a morte mal-sã!
Caça-se o mouro histrião,
E vinga-se o mal com a dor.
Dobram-se as leis e as fronteiras
Diante de um «justo» fragor.
Dão-se os cobrões da miséria
Aos povos agora emergentes.
China, Coréia ― Brasil?
E foi-se o «trabalho decente»...
Água, unguento finito,
Que, rara, rareia a vida.
Lixos, dejetos, venenos,
Espólios da raça suicida.
Eis a cruenta ribalta
Na récita de um Fausto infausto.
O último grito da malta
No opróbrio do último claustro.
E, em proclamas do não-amanhã,
Anunciou-se o festim de Satã...
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