terça-feira, 25 de dezembro de 2012

AO ABSOLUTO

AO ABSOLUTO

I
Aprender
com a linha reta
e silenciosa
que atravessa
o cair da tarde

Sim
ali onde os pássaros
devolvem voo à noite
e folhas são gratas
até pelo ocaso da seiva

Este
o santuário
a branca essência:

vem a voz do vento
e revela segredo nenhum
a plenitude das ervas
a crença plana
delicadezas banais

II
Assim ungidos

e com domínio do tempo

teremos um deus
deitado nos olhos
no peito, no ventre

Estaremos prontos
afinal
para voltar.

Alberto Bresciani

 

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