sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Soneto de Natal

Soneto de Natal
A Luís Carta

Perdi-me dos pastores e sozinho
procuro o rastro do caminho certo.
Há luz no escuro mas não há caminho.
Fica tão longe o que parece perto!

Busco o Menino mas não adivinho
como encontrá-lo no meu passo incerto.
O desespero pesa como vinho.
É a dor apenas que me traz desperto.

Minhas mãos adormecem na quebrada
da noite, pelo frio da chapada.
A neblina se deita no horizonte.

Mas de repente esbarro na lembrança
das risadas de quando era criança,
e Deus nasce do chão como uma fonte.

Odylo Costa, filho

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