quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Lembrança

Cláudia Barral




Te amo como a moça que arde em febre e não dorme
Por longos corredores desertos
Antes mesmo de te amar
Como a um filho
Como a um irmão
Como alguém partindo em breve
Como é o consentir
Como o momento em que acaba a missão de esperar
Como o sol nos pátios dos sanatórios, dos presídios e
            [entre rostos de vidro dos santos das catedrais
Como se sua voz fosse a luz
Como alguém que acabou de dar-se conta que é feito
                                              [somente de lembranças

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