Oswald Barroso
A lua te recordará
a branca noite
em que ela se despiu
e, vermelha,
se fez cúmplice
do nosso amor.
O mar te lembrará
nosso costume
de caminhar nas tardes
até o horizonte,
pois que o mar
também é cúmplice
dos namorados distantes.
E quando vires, amor,
num vão de céu
uma estrela,
tu não chorarás,
porque, então,
aprenderás o meu caminho.
Mas, quando o povo
andar triste pelos becos,
tu saberás do meu luto
e sentirás a dor
da dura separação.
Porém, se a multidão
ensaiar um canto,
tu saberás do meu riso
e nela me encontrarás.
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