Rodolfo Pamplona Filho
Como seria bom poder controlar
os rumos da vida depois do meu passar,
em uma extensão pós-morte do querer,
como se houvesse luz após o anoitecer.
Ensinaria tudo que não deu tempo de falar...
Protegeria todos aqueles que aprendi a amar...
Apagaria os rastros dos meus erros no caminho...
Confortaria todos que ficaram sem carinho...
Pediria perdão a quem eu magoei...
Explicaria o que sentia quando chorei...
Mostraria o que é o fracasso e a glória...
Tentaria dar um sentido à minha história...
O registro autêntico da minha vontade
A declaração antecipada (e inútil) da minha saudade
A eternização da vida em um único momento
A força simbólica de meu testamento.
Salvador, 23 de maio de 2010
Como sempre, Pamplona tocando nossos corações.
ResponderExcluirLindo!
Bem melancolico, dá até vontade de chorar no imaginar todos aqueles que já se foram. Bjs
ResponderExcluirMaravilhoso, Rodolfo!!!
ResponderExcluirVc é sempre surpreendente.
Bjs
Amado, a sua sensibilidade não tem limite! És um presente lindo de Deus que derrama sobre nós apenas coisas boas! Parabéns, Parabéns e Parabéns por seu brilhantismo! Acho que a gente tem que inventar novas palavras para te elogiar, pois as que existem já não são capazes de atender ao escopo com propriedade. Beijocas.
ResponderExcluirExcelente como sempre! (concordo com o comentário acima que diz faltarem palavras)
ResponderExcluirConcordo com o poema: A vida é efêmera... Nem sempre se desperta para isso! Trouxe reflexão!!
Beijão.
Continue trazendo poesia para as nossas vidas.
Amadas Mila, Nadialice, Vanessa, Cau e Nirlana
ResponderExcluirNesta minha trip de rever todas as postagens do blog (e não deixar comentários sem resposta, sanando este defeito antigo meu, hoje superado...), reencontrei este poema, que me vem em uma hora muito especial.
Dois motivos me fazem dizer isto...
O primeiro é o fato de estar pensando muito em sucessões, por causa do meu novo livro com Pablo.
O segundo, mais dramático, é porque soube ontem que, anteontem, um amigo da adolescência (Maurício Couto, vulgo "Pixuxão", apenas um ano mais velho que eu...) teve um infarto fulminante e partiu desta vida...
A ele, dedico, hoje, este poema...
Beijos saudososos,
RPF