Ieda Estergilda
No caldo grosso do rio
derramei lágrimas de tristeza e mágoa
pela águas urbanas, paulistanas, devastadas.
Ontem peixes e barcos, hoje leito fedido
na capital
esse rio vive além da lama
dos cadáveres encalhados
dos esgotos que desembocam nele
esse rio em que acredito
pois salvar é coisa dos homens
mesmo que tarde.
Um rio
é uma beleza, um ser
o Tietê é uma beleza ferida
uma ferida que brilha
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