sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Tietê

Ieda Estergilda





No caldo grosso do rio
derramei lágrimas de tristeza e mágoa
pela águas urbanas, paulistanas, devastadas.



Ontem peixes e barcos, hoje leito fedido
na capital
esse rio vive além da lama
dos cadáveres encalhados
dos esgotos que desembocam nele
esse rio em que acredito
pois salvar é coisa dos homens
mesmo que tarde.

Um rio
é uma beleza, um ser
o Tietê é uma beleza ferida
uma ferida que brilha

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