terça-feira, 30 de abril de 2019

Feridas que seguem



Negra Luz

O amor de partida nos liquida
Não entendemos o porquê da sua saída
Uma quase morte por ti consentida
Uma dor que parece eterna ferida.

A ferida por vezes reacendida
Quer trazer o amor sem contrapartida
Ao pensar que curou-se, restou combalida
Voltou a ser inteiramente carne viva.

Ao colocar-se a carne ao sol ardente
Da esperança, do novo, visão do nascente
Enxergou outro amor no horizonte poente
Entendeu: se amou, se sangrou, é seguir em frente!

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