Negra Luz
Eu que pensava ser Mirante.
Farol no mar.
Viajante.
Navio, meu delírio punjante...
Splash!
E eu lá...
Surpreendida por estar
Embevecida pelo mar:
Metamorfose,
Pelo oceano em coluio com o ar.
Um recife em novo lugar.
Ondas em meu peito a arrebentar.
E eu sem poder me dominar
Fragmentam me as estruturas sem sangrar
A barra protegida pelo mar
Nova. A cada maré vivida
Meus contornos recontam, dão guarida
Aos corais: as flores pelos protagonistas consentidas
Beleza sobre a mesa da Vida.
Há quem olhe e diga:
Rocha perdida.
Eu, forte.
Plantada sobre o mar:
Força sorerguida.
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