sábado, 4 de dezembro de 2021

Quilombo de Luz




(Negra Luz)


Há neles nascentes!

Há neles sementes!

Guardados de Tempo.

Saberes fincados na terra.

Pisam ali pretas e pretos.

Quem vem de cá

Que dobre o joelho!

Lá a realeza deixou no sangue

A resistência em:

Manifestações...

Arquétipos...

Símbolos...

Orixás,

A espada de Ogum,

O machado de Xangô,

O espelho de Oxum,

Fios de cabelo que irrompem

A anormal força da gravidade racista

E, no quilombo, encontram espaço para se fortalecerem.

Tudo raiz.

Tudo ancestral.

E, quando diante de nós,

Suas filhas e seus filhos,

Em plena liberdade,

Não há como não vermos a beleza de suas luzes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário