A poesia é larga, no lamento, na dor e na felicidade,
A poesia é tudo, é pouco, é tristeza, é alegria,
O poema cala, fala, vive e morre todo dia,
Porque o poema é a ilusão do presente e da saudade.
O poema é fruto de todas as ilusões,
É a conquista dos quem querem conquistar,
Poesia é ser feliz no bom e eterno amar,
É triste no reviver de todas nossas frustrações.
O poema fala, canta e lhe entrega esperança,
O poema é tudo que se quer, e é desilusão,
O poema não é sempre a melhor lembrança,
A poesia é forte, quando fraqueja a dor do coração.
O poeta é largado no mundo da poesia,
O poeta não constrói, nem é dono do poema,
O poeta é descobridor da poesia antes calada.
Declamada a poesia, deixa de ser do poeta
É tudo que a poesia é, não o que que quer ser,
Éo fruto do poema, das palavras da poesia.
O poema é o melhor que se pode ter do poeta,
É fruto, não é flor, não o que inicia,
Não a dádiva que se espera do poema.
O poeta vez por outra com a realidade flerta,
Mas traduz em poemas a vida de cada dia,
Cada amor, cada angústia, cada ilusão, cada cena.
Wlademir Lira
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