Como peregrino de fé, sem adeptos,
Prossigo,
Sangrando os pés nas pedras do caminho
Sem fim,
Sem direção,
Buscador da trilha verde
Do regresso,
Um dia
Continuo na jornada
Solitária
Rotineira
Pelas veredas do acaso,
Sorrindo quase em prantos,
Filtrando velhas mágoas,
No remanso das águas
Do dourado amanhã
Alegro-me por nada
E nada me alegra.
Silencio com todos
E comparto tudo
Com todos.
Assim
Descanso o amargor
Do passado,
Na relva macia do esquecimento
Até confundir-me,
Um dia,
Na poeira atômica
Do rio principal.
-Janete Fonseca
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