quinta-feira, 19 de junho de 2025

Formosa

 

 





Maciel Monteiro






     Formosa, qual pincel em tela fina


     Debuxar jamais pode ou nunca ousara;


     Formosa, qual jamais desabrochara


     Na primavera a rosa purpurina;




     Formosa, qual se a própria mão divina


     Lhe alinhara o contorno e a forma rara;


     Formosa, qual jamais no céu brilhara


     Astro gentil, estrela peregrina;




     Formosa, qual se a natureza e a arte,


     Dando as mãos em seus dons, em seus lavores


     jamais soube imitar no todo ou parte;




     Mulher celeste, oh! anjo de primores!


     Quem pode ver-te, sem querer amar-te?


     Quem pode amar-te, sem morrer de amores?!

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