Sozinho na Multidão
Rodolfo Pamplona Filho
A pior solidão é
ficar sozinho na multidão,
esperando em pé
um pouco de atenção
de quem compartilha a fé
ou a promessa do coração.
Não sei se é trágico
ou simplesmente irônico,
mas é quase mágico,
diria icônico,
quando sua presença é reclamada,
mas, na verdade, ignorada...
Um dia, eu gritarei
e ouça quem quiser.
Direi tudo que sei
sobre a tristeza que vier:
não há dor maior ou lama
que ser ignorado por quem se ama.
Salvador, 06 de outubro de 2010.
Quem não já se sentiu ignorado por quem se ama? Aprendemos, nos ideais de serenidade, que o amor não é egoísta, que devemos simplesmente amar, que atenção não pode ser reclamada, mas, o que devemos fazer quando tais sentimentos são cativados em nossos corações e posteriormente ignorados por quem os cultivou?
ResponderExcluirMe indago, e confesso não encontrar resposta para o contraditório criado por quem reclama nosso amor e presença e ao mesmo tempo nos ignora...o que posso dizer é que ser ignorado por quem se ama, cria em nossos corações um questionário de perguntas sem respostas, mas, que deve ser acalentado na certeza de que a podemos viver fisicamente sós, mas, povoados em pensamentos e sentimentos, pois, a nosso coração é um mundo aberto que nunca morre, por mais que sofra...
Amada Leila
ResponderExcluirVc captou exatamente o sentimento que eu quis passar quando escrevi este poema!
Estamos conectados, amiga!
Beijocas saudosas,
RPF
Fico feliz em saber que os sentimentos que o poema despertou em mim, sejam os mesmos que o senhor quis passar. Confesso que me identifico com vários deles, o que faz com que não me sinta tão sozinha na multidão...
ResponderExcluirQuerida Leila
ResponderExcluirDefinitivamente, não estamos tão sozinhos...
Beijocas saudosas,
RPF