sábado, 29 de janeiro de 2011

DEIXE-ME EM PAZ

DEIXE-ME EM PAZ

Deixem-me
cá com minha sanidade em forma de loucura
Como as minhas paixões profundas que mais parecem carências
Com minha coragem que os cegos enxergaram como covardia
Com minhas escolhas que os ignorantes chamaram de renúncias

Deixem-me com meu vício de querer amar e viver de modo intenso
Sou aquela que não se encontrou ao se olhar no espelho,
ao ver sua essência sem vida
E me achando, outros me conceituaram “perdida”.

Deixem-me cá agora adulta e crescida rasgando o papel que escolheu pra si quando menina
Pois ouso agora a ser aquela quem sou e não a que eu pensei que queria ser
Portanto serei aquela que vai dar uma “pause” no ápice máximo da sua cantoria
E se retirar do palco
Deixando alguns indignados e outros confusos!
O meu protesto é lhes deixarem sem direito de aplausos!
O espetáculo que farei agora será só pra mim e este, sim, poderão chamar de meu “Gran Finale”

Do que me censuras ai baixinho? Complexa, exigente, insatisfeita ou questionadora?
Não sei..e seja lá do que for, não me soam como insultas!
Me sentiria admirada, e no mínimo, invejada,
porque talvez no fundo vc se sinta como eu!

Hoje eu senti saudade da alma da Maysa
coloquei seu disco no rádio e pensei:
"se ela estivesse aqui agora ele me cantaria
Só ela me entenderia...,
Pois em sua alma também ecoava gritos de liberdade!"

Amanda de Almeida Santos!
27.09

Tem dias que estamos meio "Maysa"...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Contato Inesperado

Contato Inesperado

Rodolfo Pamplona Filho
O pensamento tem uma força tamanha
que, de repente, você ligou
e, novamente, me deleitou
com mais palavras de amor...

A sensação, antes frustrante,
se dissipou por completo
e, antes que a lua se levante,
terei paz nesta tarde de deserto.

Eu esperava um novo ar
para me conceder um novo mundo
ou até mesmo me libertar
do desejo mais profundo

de amar sem limites...
de ser eu mesma imperfeita...
de dividir tolices...
de ter você a vida inteira.
Salvador, 28 de outubro de 2010.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Mais Linda Noite de Amor

A Mais Linda Noite de Amor

Rodolfo Pamplona Filho
Quero passar a noite com você,
sentindo o gosto bom de sua boca,
respirando o perfume do seu corpo
e acariciando o seu rosto...

Quero segurar firme seus cabelos,
olhando direto em seus olhos,
passando a língua em sua pele
e abraçando forte o seu tronco...

Quero beijar cada parte do seu ser,
até ficar completamente sem ar
de tanto amor, de tanto amar...

E quero terminar esta noite casta
sem me entregar ao desejo carnal,
dormindo em seu seio um sono angelical.
Aracaju, 08 de outubro de 2010.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Voando pela primeira vez...

Voando pela primeira vez...

Rodolfo Pamplona Filho
As mãos gelam
As pernas pesam
Sinto um frio na barriga
que nunca senti antes

Embarque encerrado
A porta foi lacrada
Uma voz informa instruções...
...de emergência?

Quero uma mão para apertar,
um ombro para chorar,
um ouvido para gritar
tudo que tenho a relatar...

O motor é ligado...
Vejo a terra tremer...
Tudo começa a se deslocar
Meu Deus, onde fui parar?

Sinto que estamos subindo
Engulo em seco e abro os olhos
Respiro fundo e tomo coragem
de, finalmente, olhar a janela...

E tudo se acalma
com a beleza do mundo diminuindo,
com a certeza de que não estou caindo
com as nuvens do tapete de algodão
com um novo olhar longe do chão

E tudo se acalma
com um horizonte que é uma pintura
com a bonança depois da loucura
com a paz que se tem na altura
com um medo que fácil se cura

Voando pela primeira vez...

Para a menina que sentou ao meu lado, em pleno vôo da Azul, 26/10/2010

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um poema, por Tércio Souza


Um poema
                                                                                                                         Tércio Souza
Um poema nada mais é...
Do que a palavra trançado
A rima, o verso, o olhado
Um dedicado, para quem se deve servir de pé!

A poesia é...
Uma prosopopéia,
Ou uma odisséia,
Pode ser uma rimazinha... nas palavras, um mero cafuné.

Remédio para todo mal,
Para quem quer conquistar mocinhas,
Para quem quer falar dos outros e do tal,
Para quem quer apenas tentar, provar que freqüentou o Mobral.

Para quem quer falar mal do seu time,
Para quem fica numa esteira de vime,
Para quem é de familia honesta,
Para quem nem a mãe, o pai, ou o avô, nada presta...

E pra ser poeta não precisa de nome,
Nem de sobrenome.
Precisa só ter fome e sede,
E não é de comida nem de bebida.
Daquilo o que fica guardado lá no fundo...

Um motivo, uma alegria, uma tristeza, qualquer coisa desse mundo.
Não precisa de razão para acontecer. A razão a gente dá!
Precisa só de uma desculpa, para sentar e rabiscar.
Porque a razão de verdade, está em todo lugar.
Dentro, fora, em cima, em baixo, tanto faz...
Porque bom é quando diz o que deve ser dito.
Melhor, quando agrada o menino, o velho, a moça, o rapaz.

Salvador, 24 de outubro de 2010

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Renata Rosa Bernardes

"tudo o que não é tangível é mera ilusão.
Mas na alma, no fundo de nós, tudo é perfeição"

Renata Rosa Bernardes
26/10/2010
Voando pela primeira vez...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Soneto do Medalhado

Soneto do Medalhado

Rodolfo Pamplona Filho
Quando, pela primeira vez,
tem-se reconhecido o seu esforço,
a vida ganha nova tez
e sentimentos entram em alvoroço,

porque ninguém é aceito como profeta
em sua própria terra ou abrigo;
ninguém é aceito como boa meta,
enquanto ainda oferece perigo...

Por isso, é maravilhoso ser lembrado
por seus pares em campo distante,
onde a homenagem é sincera e elegante.

Por isso, é uma honra ser medalhado
por novos e velhos amigos do coração,
a quem dedicarei eterna gratidão.
Vitória/ES, 14 de dezembro de 2010.