sábado, 12 de fevereiro de 2011

Quando a paixão vira respeito

Quando a paixão vira respeito

Rodolfo Pamplona Filho
Eu sei que você não sente
tanta falta de sexo quanto eu...
Eu sei que você não exige
tanta atenção quanto eu...
Eu sei que você não precisa de
tanto cuidado quanto eu...

Mas a situação está difícil...

Fico grato pelo seu esforço
em tentar me agradar,
fazendo coisas que
poderiam te violentar,
mas que, por amor (ou carinho...),
você se submete sem reclamar...

Mas a situação está incontrolável...

Uma história comum
garante o respeito
e a admiração,
mas, se mantém o amor,
pode sufocar a paixão,
pela falta de perspectiva
de descobrir nova sensação...

Mas a situação tornou-se irreversível...

Eu continuo te amando
e, para sempre, te amarei,
mas a paixão virou respeito
e isto não me faz bem,
porque sinto falta do tesão,
da aventura, do frio na barriga,
da saudade irrefreável, da emoção
de reconciliar após uma briga,
de ser mais do que pai de família...

E a situação tornou-se insuportável...

Somente nos resta
chorar à vontade e clamar
A Deus...
Somente nos resta
criar coragem para falar
Adeus...
São Paulo, 06 de novembro de 2010.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Descobrindo Juntos a Paixão

Descobrindo Juntos a Paixão

Rodolfo Pamplona Filho
Posso confessar algo?
Estou apaixonada!
Não enxergo nada...
além de teus olhos...
Não vejo nada...
além de teus lábios...
Não sinto meu corpo...
sem tua presença...
Somente sinto minha pele...
esperando teu carinho...
Isso me faz viver...
Tu me fazes viver...

Posso confessar algo?
Estou apaixonado!
Não enxergo nada...
além de tua face...
Não vejo nada...
além de teus cabelos...
Não sinto meus braços...
enquanto não te abraço...
Somente sei que respiro...
quando sinto teu cheiro...
Isso me faz viver...
Tu me fazes viver...

E eu quero teu rosto
junto ao meu coração
e tua alma livre
na minha emoção...
Serás minha companhia,
na tristeza e na alegria,
construindo minha harmonia
e o prazer da sintonia.

Volte e pense em mim...
Estou ouvindo nossa canção...
Nosso amor não terá fim...
Não cessará nossa paixão...
pois eu te sinto no meu colo...
e eu me quero no teu peito...
Eu quero tua boca...
E eu quero o teu beijo...

Eu te quero...
E eu também...
Eu sou tua...
E eu sou teu...
Também...

Salvador, 06 de outubro de 2010.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Impotência

Impotência

Rodolfo Pamplona Filho
Sofro
a frustração
de não realizar o que quero fazer.
Sinto
a sensação
de incompletude permanente do ser.
Choro
pela emoção
de não saber mais o que dizer.
Morro
pela razão
de não ter o que lutar para viver.
São Paulo, 06 de novembro de 2010.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Encontro ao Acaso

Encontro ao Acaso

Rodolfo Pamplona Filho
O contato segue escasso
meu amor segue ao passo
de um encontro ao acaso
ou um possível abraço

Eu te esperarei sempre
de dia, de noite, como outrora
pois sei que, de repente,
a vida pode sorrir a qualquer hora

E tudo em mim se tornará vida,
quando meu desejo encontrar a saída,
desejarei estar finalmente acolhida,
amada, segura e compreendida.
Salvador, 04 de novembro de 2010.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Perdendo a Fé

Perdendo a Fé

Rodolfo Pamplona Filho
Será possível definir o momento
em que se passa a crer em algo?
Se isto for aceitável,
por que não o seria
o instante em que se perde a fé?
A fé como a certeza
no que não se vê...
A fé como a esperança
que não se está só...
A fé como a motivação
para ainda confiar em alguém...

A fé não se explica: sente-se...
como um sopro no calor,
um abraço no temor,
uma luz na escuridão,
uma pausa na aflição...
A fé consola e acalma,
traz paz ao fundo da alma,
transforma a derrota em vitória
e muda o sentido da história.

Em que se perde a fé?
No homem, na lição,
na promessa, na salvação,
no governo, no projeto,
no caminho estreito e reto...
Perde-se fé na igreja
ou na comunidade,
na capacidade benfazeja
de falar a verdade...

Há como não perder a fé,
quando isto soa inevitável?
Há como permanecer de pé,
diante do inominável?
Há como acreditar na graça,
sem esperar um salvador?
Perder a fé é uma desgraça...
E isto é desolador,

pois o que se pode fazer quando
se descobre ter perdido a fé?
Reencontrar a estrada de outrora,
como se tantos passos
já não tivessem sido dados?
Como se tantas experiências
não tivessem diferentes lados?
Como se fosse possível desprezar
toda a vida posterior?
Como se a vontade pudesse apagar
singelamente toda dor?

Perdi a fé,
perdendo a fé...
Salvador, 07 de novembro de 2010.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Não entregarei os pontos...

Não entregarei os pontos...

Rodolfo Pamplona Filho
Não adianta tentar lutar
contra algo já resolvido,
pois nossas vidas vão continuar
com os arranjos escolhidos...

É inútil tentar entender
o que o coração suplica,
pois ele irá padecer
nesta noite mal dormida

em que o pedido de socorro
permanecerá durante a noite
e o toque se tornará um estorvo
a evitar com açoite

Sinto depressão e dor de cabeça,
mas preciso te alertar
que, mesmo que eu adoeça,
é com você que quero estar...

Algum dia, espero ter coragem
e, a você, me declarar
com todo meu corpo e mente
e, finalmente, me entregar.

O homem maduro e seguro
à mulher delicada e sensível:
completude total em amor puro,
entre um olhar distraído e impossível.

Nem sei se vivo tristonho
ou se a vida nos permitirá,
mas preciso desse sonho
para continuar meu caminhar...

Não entregarei os pontos...
Salvador, 04 de novembro de 2010.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ser Palhaço....

Ser Palhaço....

O ser "Palhaço" é uma espécie rara e em fuga!!!
Ser Palhaço é uma forma de fugir da loucura,
de ver o mundo de um jeito mais doce,
de transformar o horrendo em risonho,
e o cotidiano em um sonho.
Ser Palhaço é a tristeza disfarçada ou ocupada pela alegria!
Ser Palhaço é, antes de tudo, uma caridade que fazemos a nós mesmo e ao mundo!
Aplausos para o Ser Palhaço!, ele está longe de ser um pessimista, ou um deprimido!!
O Ser Palhaço, meus amigos, não é nada mais que um ser de olhos e coração sensível!!!

Amanda de Almeida Santos.
17 de Setembro de 2010