quinta-feira, 22 de março de 2012

Olimpia

Olimpia

Ó Vaidade lancinante!!
Necessidade brutal da última lágrima e do último suspiro.
Cupido, cruel e preciso
Com seu arco fere a Musa e o Deus.

A Arte chora a doentia paixão de um Deus incréu
- Como ousas duvidar de mim, Apolo?
- Como ousas duvidar da força dos sentimentos?
Não há remédio para a sua doirada dor.

O chumbo feriu Dafne
que fugiu, incansavelmente,
daquele que, também, passou a odiar.
Era o mais belo dos deuses...

A terra, neutra e justa,
Paternalmente, pôs fim à perseguição inciada
Pelas setas estúpidas e indiferentes.
E o Belo chorou eternamente...

José Antonio 20.3.2011

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