quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Soneto do Ódio


Soneto do Ódio

Rodolfo Pamplona Filho
Nervos guinchando
como cordas de violino
em chamas, trepidando,
com um instinto assassino

que injeta adrenalina
e faz subir a pressão,
rompendo definitivamente  a linha
que separa instinto e razão.

E o ozônio preenche o ar...
E o gosto de sangue vem à boca...
A fúria toma corpo e olhar

para finalmente manifestar
a vontade incontrolável e louca
de seu odiado inimigo esmagar.

Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2012

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