O JUIZ DE MINHA
INFÃNCIA
Eu que não queria ser
o juiz de
minha
infância!...
O juiz de minha
infância
era um
sujeito
moralista e autoritário,
amortalhado detrás de
uma toga
preta,
e que gostava de dar
pito nos outros...
Eu que não queria
ser
o juiz de minha
infância!...
O juiz de minha
infância
era um
homem por demais
sério,
de cara carrancuda,
empunhando,
firme, o
martelo do
tribunal...
Eu que não queria ser
o juiz de
minha
infância!...
O juiz de minha
infância
era um homem esguio
e
alto,
portando chapéu de
massa
e rodeado de livros
carcomidos
de traça...
Eu que não queria ser
o juiz de minha
infância!...
O
juiz de minha infância
era como que um
super-homem
ou um semi-deus,
postado
no pedestal de sua
excelência...
Eu que não queria ser
o
juiz de minha
infância!...
Dizem que alguns juízes
pensam que são
Deus;
outros, têm certeza
que são o próprio...
Eu que não queria
ser
o juiz de minha
infância...
Salvador, 13 de junho de
2009.
MARIVALDO PEREIRA DA SILVA
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
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