MORTO
Reinos despedaçados
Não há assombro,
Ao escárnio da plateia.
Represento o papel que me cabe
Soberbamente estéril,
Palco de um império em ruínas.
Outrora havia um homem que um homem era.
(Está morto).
A morte sobreveio
lenta, na lenta sombra que devora
claridades.
Jogador, imperturbável , aposto nos Reis.
Lobo farejador de inocências
A Fera corrompida mira e seduz
Os vermes dissimulados, todos,
apostam em mim.
Imobilidade
Fétido odor.
Reino das trevas, espectro sou.
Sem jurados, sem juízes,
Sigo neste comboio de servos.
Cláudia Reina
05 de julho 2013.
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