Rodolfo Pamplona Filho
A vida me contemplou
com filhos maravilhosos,
tanto no sangue,
quanto no coração!
Isso se dá, com fé,
pois, definitivamente,
a paternidade não é
uma biologia permanente.
É muito mais do que isso:
é uma eleição de paradigma
de quem assume o compromisso
de não ser um enigma.
Apadrinha-se, torna-se companheiro,
confidente, ombro amigo e parceiro.
Comemora-se junto, chora-se também,
da verdade biológica, vai-se além...
A paternidade por adoção afetiva
honrou-me com um carinho
que nem todos têm na vida...
que não se compreende sozinho...
mas que é a prova mais dura
de que pessoas podem se amar
e se entregar de forma pura,
sem qualquer outro interessar,
como deveria ser, aliás,
em qualquer verdadeira relação
de um afeto que não volta atrás...
de uma escolha consciente de devoção.
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