#OBOIPARTIU
Desde que me emocei,
Quando o pote quebrei,
Ele me visitou .
Em um mês, ele vinha pra mim.
No outro, chegava também.
Um boi bagunceiro,
Me agitava.
Às vezes, me descontrolava
Ou deixava-me férvida para o amor.
Um Boi Garantido era ele.
Intenso no pouco tempo que vinha.
E, logo, tornava a seguir: ia embora...
Deixando lembranças de si.
O boi, atestava: não era criança,
Que poderia deitar e rolar,
Que meu corpo poderia parir,
Mas limitava-se só a me visitar,
Meus passos só caberiam a mim.
Poderia tornar-me Caprichosa,
Mas o boi, garantia, estaria ali.
Até que um dia chegasse a hora
Da última tinta daquele tinteiro
Escrever outro momento da história.
Os ciclos da lua continuariam.
Mas o boi?
Viva!! Foi!!!
Oh!! Ele foi!!!
#OBOISUMIU.
Acabou a estória?
Ele partiu.
E eu, sem receio,
Olhei me no espelho.
Senti o pulso vermelho.
Vívido o meu coração.
Era a hora de uma grande pausa,
Não o fim do meu ente mulher.
Não o cessar da minha emoção.
E eu, em um rompante,
Em um capricho ao nada,
Abri minha janela,
E gritei para o alto:
Às favas, o boi!
Negra Luz
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