quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O que fizeram, o que eu fiz e para onde fui



É foda, a cabeça lota em quotas de devaneio. 

Sujeira que me jogaram, amarraram e me deixaram em uma mar uivante de Abrantes.  

Não se iluda com a forma lúdica da localidade airosa, porque não existe rosas sem espinhos, nem que se for no pinho do seu ninho. 

Não importa a forma, a sonata está perdida em uma ida sem partida, mas com chegada aonada mais me consola.  


As solas nem estão gastas em lascas. Mas já sei que não há nada mais. 

Porque não há? 

Porque eu já disse, me sujaram, amarraram e me jogaram no meio do nada e eu não sei nadar, nem ao menos andar no desconhecido. 

Não sei que lugar é esse, 

Não sei se tenhas o nobre e o pobre, e se eles se importam em ouvir os meus pensamentos confusos tontos pela… a maré.   

A porta parece  torta,  cheias de discursos  de nenhures. Porque, donde eu veio pelos devaneios, não conheci achar meios a abrir. 


A cabeça tida madura, já sabe que a vida  é assim, dura igual uma pedra, que  que  esmurra em uma algazarra de sentimentos. 

Uma verdadeira surra de  momentos e tormentos em só lamentos. 

Não se engane ou encane, dizem que é apenas uma pane no sistema. 

Urge então a necessidade de saber, para não beber na fonte da ignorância, porque a ânsia em uma direção de uma ação, que nasce naquela  idade.

Naquela idade, em que você não vê as coisas do jeito que antes via. 

Você de per si, sabe que  a vida é assim, no sim ou no não, sempre serei o anão da pirâmide. 


Ahhh, se eu pudesse ja ter descobre está chave mestra para concertar ou atar os nós do que já se foi. 

Aos  amigos que você tem que não ligam, 

o  sinal de pane aparece e você não amanhece 

É, no verso da canção, no abrir da chave, que a ave ligeira já sabe antes  que você, que é só ela e mais nada. 

Não existe amor no clamor da dor de um sociedade doente. 

Quem fala que sim mente, pela  simples mediocridade que transforma a terra em letra de funeral. 

Não existe compaixão, nem paixão. 

Não existe nada além dessa vida, porque na ida, você sabe que  somos meros passageiros prestes a partir. 

Desligue os castelos do tetris, que moldam quem está certo ou errado na peça de encaixe, desligue a máquina, desligue a cina.  

Porque nada importa, nem a forma, nem o como e o porque.


Vitor Henrique


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