Quando, um dia, terminar a minha jornada terrena, quero apenas encontrar a paz em minha pequena estrada de férteis encontros, alguns triunfos e acertos, mas também de desencontros, reencontros, derrotas e apertos... Não quero que os que deixo disputem os poucos bens que, com muita luta, conquistei, mas, sim, que encontrem o eixo da concórdia e harmonia, não chorando de barriga vazia, nem tendo a amarga sensação de desamparo e solidão, sabendo que eu tive o cuidado de deixar tudo organizado, na consciência de minha finitude, fazendo tudo que eu pude para, seguindo minha verdade, distribuir segundo a necessidade e justiça de uma partilha em vida de um patrimônio que perece e rui pois o que é realmente importante é herdar o orgulho e a saudade doída somente de quem, em essência, fui, não do que eu tive na estante. |
Salvador, 08 de dezembro de 2013, tendo dobrar um soneto...
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