segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Oásis





(Negra Luz)


Quando a minha sede não encontrava os olhos d’água 

Que sempre saciavam meu coração

Ou tão secas as almas

Sem que houvesse ninguém 

Para a dança da chuva aventurar

Ou se, só, quisesse ouvir A Banda e passar

Sem me olharem como um disco velho que nunca emplacou

Era você que se apresentava

Toda a seca, por um instante, se convertia em ilusão

Havia coqueiros

Rio fluindo

Roupa encharcada

Eu na beira do mar

Acalmava-se meu furacão

Nimbus se dissipavam

Enxergava outras estradas

Em vicinais, achava bicas onde molhava o rosto

Bebia um gole d’agua fazendo de concha a mão 

E muito do que me faltava 

Por você, poesia, me fartava 

Um oásis para minha emoção

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