Barros Alves
Viver o amor é cometer loucuras,
É apaixonar-se desabridamente.
É morrer de prazer e, de repente,
Esquecer pundonores e posturas.
Muito amar é perder a compostura
Ante as normas que essa pobre gente
Quer-nos impingir hipocritamente,
Mas, o amante a rechaça com bravura.
Pois se amar loucamente é vil pecado,
Que nos deixa do céu ao desabrigo,
Pobre de mim! Sou louco apaixonado.
Desde o ventre materno condenado
Da vida levarei para o jazigo
O jugo desse amor desesperado.
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