No espelho, a sombra recusa a verdade
e reflete um corpo que é alvo de dor.
O peso não é o fardo da crueldade,
mas o olhar alheio que ignora o amor.
Gordofobia, um veneno disfarçado,
sussurros cruéis, estigmas sem fim.
No campo do julgamento, um terreno árido,
onde a empatia é um sonho para mim.
Corpos que dançam com ritmo próprio,
desafiam o ódio com a força do ser,
cada curva, uma história de vitória,
cada ruga, um poema a florescer.
Não se mede a alma em gramas ou quilos,
nem se conta a vida por padrões rasos,
O valor não se encontra em números frios,
mas no calor humano e nos afagos e abraços.
Quebrar as correntes do preconceito,
olhar com olhos que enxergam além,
no vasto universo da diversidade,
onde todos são dignos de ser meu bem.
Sorocaba, 29 de agosto de 2024.
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