Mihai Eminescu
Por mais estrelas que ardam nas alturas,
Por mais ondas que vaguem sobre o mar,
Dessa luz, de seus brilhos e lonjuras
Ninguém sabe – nem nada há de ficar.
Tu podes, pois, seguir o teu caminho:
Sejas bom, ou de crimes instrumento –
É o mesmo pó, abismo e remoinho!
Tua herança de tudo – o Esquecimento!
Parece-me que morro: junto à porta
Esperam os que querem me enterrar;
Ouço cantos e vejo uma luz morta.
Ó sombra doce, vem mais perto, a dar
Sobre mim este adejo que transporta
Da Morte a asa negra, úmido olhar.
Tradução: Luciano Maia
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