quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Quando até a voz...

 


 






Mihai Eminescu




Quando até a voz do pensamento cala,


Me envolve o doce canto de uma prece –


Então te chamo; o meu chamar te abala?


Sairás da fria bruma que te tece?




E a escuridão da noite aclararás


Com teu olhar pacífico e risonho?


Retorna, deixa as sombras para trás,


Para te ver voltar – como num sonho!




Vem lentamente... perto... ainda mais;


Chega sorrindo junto à minha face,


Mostra-me, num suspiro, que és tornada.




Que teu cílios nos meus façam-se laços,


Para que eu sinta um frêmito nos braços –


Para sempre perdida e sempre amada!






Tradução: Luciano Maia


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