Mihai Eminescu
Quando até a voz do pensamento cala,
Me envolve o doce canto de uma prece –
Então te chamo; o meu chamar te abala?
Sairás da fria bruma que te tece?
E a escuridão da noite aclararás
Com teu olhar pacífico e risonho?
Retorna, deixa as sombras para trás,
Para te ver voltar – como num sonho!
Vem lentamente... perto... ainda mais;
Chega sorrindo junto à minha face,
Mostra-me, num suspiro, que és tornada.
Que teu cílios nos meus façam-se laços,
Para que eu sinta um frêmito nos braços –
Para sempre perdida e sempre amada!
Tradução: Luciano Maia
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