segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Podridão Interna

Podridão Interna

Rodolfo Pamplona Filho
Há algo de muito ruim
não no mundo, mas em mim!
Há algo que ataca os sentidos
e fulmina todos meus suspiros!

Algo que, do ódio, me faz refém
e, definitivamente, não me faz bem,
mas que não consigo me livrar,
como um vício a me matar.

Até minhas raras qualidades
descambam neste poço de maldades.
Minha gana vira concupiscência.
Minha disciplina, cega obediência

A memória estimula o rancor
O ciúme é filho bastardo do amor
A paciência arma a vingança
O assassino já foi uma criança.

Será que é apenas um mau lado
de um ser perdido em sua dança?
Ou sou somente um sepulcro caiado,
do qual não remanesce esperança?
São Paulo, 21 de novembro de 2010.

4 comentários:

  1. Mestre querido, você descreve muito bem a angústia...
    Abraço,
    J.

    "Às vezes, a raiva simplesmente me sufocava..."
    A angústia é uma bola emperrada na glote,
    Que vai apertando a minha respiração
    Para a minha respiração...
    Falta ar no cérebro, a sensação de desmaio
    Seguro qualquer coisa.
    Os pensamentos são confusos, e se abro a boca
    Não falo coisa com coisa, ou a bola cai
    É uma tortura!
    Fantasio um arrebento,
    No desespero de querer oxigênio (...)

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  2. Poxa, acho que é isso mesmo...
    E este trecho de poema é de quem?

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  3. É de alguém que te quer bem,
    Que te tem como uma mão,
    Que do olhar de amigo lançado
    Brotou uma amizade
    Inexplicável?
    Que tem um pai Pimpas,
    Que te tem como um amigo,
    Não só na academia
    Mas na vida...

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  4. Poxa, fiquei curioso...
    Quando e se você se identificar, pense em organizar estes escritos que eu prometo publicar aqui mesmo, viu?
    Vc decide!
    Abraços,
    RPF

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