terça-feira, 24 de setembro de 2024

Violões adolescentes




Negra Luz





Estavam empoeirados.


Décadas de armários, 


Sob cortinas,


Suportados por livros.


Num sopro induzido,


A poeira subiu!


Uma por uma, as notas foram ouvidas.


O Tempo voltou.


A matrix, escrita outrora,


Era ouvida no agora:


Violões adolescentes 


Exalavam o desejo de vida.


Indignações depressivas,


Crença no “Amanhecer”.


Haveria um “Equilíbrio Distante”?


“O bêbado e o equilibrista” passaram por lá


E, ainda hoje, bambeiam!


Talvez, o desalinho seja até mais forte.


Há infinita razão.


Um vento à revelia do sopro!


As cordas, agora mais limpas,


Ecoam o mofo sobre aquelas notas...


“Vamos fazer um filme”?


Dúvida passiva.


A vida já é samba tocado em cada esquina


Com ou sem máscaras.


“Como será o amanhã?”


Quem vai responder?


Esteja lá!


Haverá mais pó nas entranhas do violão:


Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si grisalhas:


Desejo.


Quando o ar em movimento passar,


E o sopro de vida espargir,


Que a partitura ouvida seja:


“A Paz” reinando no meu coração,


E no seu,


E no nosso!


E no Mundo!






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