Amor é fato.
Amar é ato.
Se falta afeto neste fado
ou se, de fato, há fogo febril
-que nos consome num afago
que nos mata em chamas mil-
quero deixar clara a intenção
de consumir-me, não em palavras
-que estas torpes sílabas vãs
revestem justo
o que pretendo desnudar-
mas consumir-me
em consumir-te. Em
“ser”, tendo-te.
Amor volátil,
Fugaz
Que, amanhã, pode não ser.
Mas que hoje, tudo apraz.
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